ACESSO VENOSO CENTRAL
A punção venosa percutânea constitui uma prática importante nos pacientes traumatizados, em emergências cirúrgicas e doentes críticos que necessitam cuidados intensivos de ressuscitação. Define-se por acesso venoso central o posicionamento de um dispositivo apropriado de acesso vascular cuja extremidade atinja a veia cava superior ou inferior, independentemente do local da inserção periférica.
Para acessar a página de punção em Veia jugular interna - Veia subclávia - Veia femoral
Principais indicações da punção venosa central:
Técnicas de acesso vascular central
A técnica de Seldinger é considerada a mais segura e utilizada na atualidade. Apesar de custo mais elevado, esta técnica permite a inserção de cateteres de grosso calibre e/ou de múltiplos lumens. É uma técnica relativamente segura, com menores riscos de complicações imediatas, uma vez que o vaso é puncionado com uma agulha de calibre relativamente pequeno (18G). A veia central é puncionada com uma agulha longa, de pequeno calibre, por dentro da qual avança-se um fio-guia. Com o fio-guia na posição adequada, um dispositivo de dilatação venosa é introduzido vestindo o mesmo. A seguir, o cateter é passado vestindo o fio-guia até a posição desejada.
Principais Contra-indicações gerais
Local de acesso - escolha
A escolha da técnica a ser utilizada e a do vaso a ser puncionado e canulado devem-se basear na condição clínica do paciente, experiência do executor e indicação para a inserção.
Preferencialmente, utiliza-se o sítio da veia jugular interna (VJI) ou veia subclávia (VSC) também por menor chance de contaminação e infecção associada ao cateter quando comparada a veia femoral (VFe). Estudos recentes têm demonstrado que a chance de infecção do cateter está muito mais relacionada aos cuidados diários do que ao sítio propriamente dito; porém, na prática, existe essa preferência que foi descrita.
Quando se usam as veias jugular interna (VJI) e subclávia (VSC), dá-se preferência ao lado direito, pois a cúpula pleural é mais baixa (menor risco de pneumotórax, especialmente na punção de VSC), o trajeto até o átrio direito é mais retilíneo (menor possibilidade de mau posicionamento do cateter, especialmente pela VJI) e o duto torácico desemboca na VSC à esquerda (menor risco de quilotórax).
Freqüentemente, a seguinte lista de sítios preferenciais é indicada pela maioria dos autores, levando-se em consideração uma combinação de fatores, tais como: facilidade de inserção, razões de utilização e menor risco de complicações:
Locais mais usados
veia jugular interna (VJI);
veia subclávia (VSC);
veia femoral (VF);
veia jugular externa (VJE);
veia antecubital.
Ocasionalmente, encontram-se descrições na literatura de punção percutânea da veia axilar, que, entretanto, não tem sido utilizada de rotina na maioria dos serviços.
Vantagens
Veia jugular interna
Menor risco de complicações;
Local mais facilmente compressível e de mais fácil acesso em caso de controle cirúrgico de complicações;
Pode-se puncionar em discrasias sanguíneas moderadas;
Relativamente superficial e de fácil punção;
Facilmente compressível e fácil acesso cirúrgico;
Facilidade em utilizar cateter de grosso calibre (muito usada para diálise);
Mais facilmente canulada durante PCR.
Facilidade maior de ser obtida durante PCR, por não envolver a área torácica
Veia subclávia
Muitas relações anatômicas e fixas;
Menor chance de perda de acesso;
Menor risco de infeção do sítio de punção;
Probabilidade de colabar durante o choque hipovolêmico é menor que VJI
Desvantagens
Veia jugular interna
Punção difícil em pessoas com pescoço curto e/ou obesos;
Anatomia da VJI é variável;
Na hipovolemia, a VJI tende a colabar;
Local de mobilidade, o que dificulta a manutenção de curativo seco e estéril;
Evitar em pacientes traqueostomizados, devido ao maior risco de infecção de cateter.
Veia subclávia
Difícil compressão, no caso de acidentes arteriais;
Alto risco de complicações graves.
Veia femoral
Local de muita mobilidade, dificultando curativo fixo e estéril;
Local altamente úmido e potencialmente contaminado (contato com secreções fisiológicas);
Maior risco de infecções e complicações trombóticas;
Necessidade de cateteres maiores para atingir a circulação central.
Material usado
Material:
Equipamento
Tipos de kit de cateteres
Cateter Mono-lúmen
Catéter Dupla via
Cateter três vias
Dupla via para Hemodiálise
Port-o-cath
Fontes
https://baraovascular.com.br/categoria/cateter-port-a-cath/
http://aliveheart.com.br/site/wp-content/uploads/2016/02/Acesso-venoso-central.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=ww-lN1EpnEI https://www5.unioeste.br/portalunioeste/component/phocadownload/category/8-procedimentos-de-suporte-vital?Itemid=0
http://blincmed.com/acesso-venoso-central-guiado-por-ultrassom-veia-jugular-interna/
http://www.portalmedico.org.br/pareceres/CRMPB/pareceres/2010/25_2010.hthttp://m.mmintensivecare.webnode.pt/news/acesso-venoso-profundo/
http://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/02/879395/acesso-venoso-central.pdf