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ACESSO VENOSO CENTRAL

 

A punção venosa percutânea constitui uma prática importante nos pacientes traumatizados, em emergências cirúrgicas e doentes críticos que necessitam cuidados intensivos de ressuscitação. Define-se por acesso venoso central o posicionamento de um dispositivo apropriado de acesso vascular cuja extremidade atinja a veia cava superior ou inferior, independentemente do local da inserção periférica.

Para acessar a página de punção em Veia jugular interna  Veia subclávia  - Veia femoral

Principais indicações da punção venosa central:

 

  • Monitorização hemodinâmica invasiva (pressão venosa central, pressão de artéria pulmonar, débito cardíaco por termodiluição); 
  • Administração de drogas vasoativas;
  • Reposição rápida de fluidos ou sangue durante trauma ou cirurgia (questionável);
  • Coleta de amostras sangüíneas para análises laboratoriais;
  • Dificuldade de acesso venoso periférico
  • Acesso vascular para a infusão de soluções cáusticas, irritantes ou hiperosmóticas;
  • Terapêutica substitutiva renal de urgência (hemofiltração, hemodiálise);
  • Acesso vascular de longo prazo para nutrição parenteral prolongada ou quimioterapia;
  • Estimulação cardíaca artificial temporária (marcapasso).

 

Técnicas de acesso vascular central

 

A técnica de Seldinger é considerada a mais segura e utilizada na atualidade. Apesar de custo mais elevado, esta técnica permite a inserção de cateteres de grosso calibre e/ou de múltiplos lumens. É uma técnica relativamente segura, com menores riscos de complicações imediatas, uma vez que o vaso é puncionado com uma agulha de calibre relativamente pequeno (18G). A veia central é puncionada com uma agulha longa, de pequeno calibre, por dentro da qual avança-se um fio-guia. Com o fio-guia na posição adequada, um dispositivo de dilatação venosa é introduzido vestindo o mesmo. A seguir, o cateter é passado vestindo o fio-guia até a posição desejada.

 

Principais Contra-indicações gerais

  • Alterações anatômicas;
  • Infecções na região de realização do procedimento;
  • Coagulopatia - plaquetas menor que 50.000 e atividade de protombina menor que 50%;
  • Desconhecimento da técnica e/ou inexperiência.

 

 

Local de acesso - escolha

A escolha da técnica a ser utilizada e a do vaso a ser puncionado e canulado devem-se basear na condição clínica do paciente, experiência do executor e indicação para a inserção.

Preferencialmente, utiliza-se o sítio da veia jugular interna (VJI) ou veia subclávia (VSC) também por menor chance de contaminação e infecção associada ao cateter quando comparada a veia femoral (VFe). Estudos recentes têm demonstrado que a chance de infecção do cateter está muito mais relacionada aos cuidados diários do que ao sítio propriamente dito; porém, na prática, existe essa preferência que foi descrita.

Quando se usam as veias jugular interna (VJI) e subclávia (VSC), dá-se preferência ao lado direito, pois a cúpula pleural é mais baixa (menor risco de pneumotórax, especialmente na punção de VSC), o trajeto até o átrio direito é mais retilíneo (menor possibilidade de mau posicionamento do cateter, especialmente pela VJI) e o duto torácico desemboca na VSC à esquerda (menor risco de quilotórax). 

Freqüentemente, a seguinte lista de sítios preferenciais é indicada pela maioria dos autores, levando-se em consideração uma combinação de fatores, tais como: facilidade de inserção, razões de utilização e menor risco de complicações:

Locais mais usados

veia jugular interna (VJI);

veia subclávia (VSC);

veia femoral (VF);

veia jugular externa (VJE);

veia antecubital.

 

Ocasionalmente, encontram-se descrições na literatura de punção percutânea da veia axilar, que, entretanto, não tem sido utilizada de rotina na maioria dos serviços.

Vantagens

 

Veia jugular interna

Menor risco de complicações;

Local mais facilmente compressível e de mais fácil acesso em caso de controle cirúrgico de complicações;

Pode-se puncionar em discrasias sanguíneas moderadas;

Relativamente superficial e de fácil punção;

Facilmente compressível e fácil acesso cirúrgico;

Facilidade em utilizar cateter de grosso calibre (muito usada para diálise);

Mais facilmente canulada durante PCR.

Facilidade maior de ser obtida durante PCR, por não envolver a área torácica

 

Veia subclávia 

Muitas relações anatômicas e fixas;

Menor chance de perda de acesso;

Menor risco de infeção do sítio de punção;

Probabilidade de colabar durante o choque hipovolêmico é menor que VJI

 

 

Desvantagens

Veia jugular interna

Punção difícil em pessoas com pescoço curto e/ou obesos;

Anatomia da VJI é variável;

Na hipovolemia, a VJI tende a colabar;

Local de mobilidade, o que dificulta a manutenção de curativo seco e estéril;

Evitar em pacientes traqueostomizados, devido ao maior risco de infecção de cateter.

 

Veia subclávia

Difícil compressão, no caso de acidentes arteriais;

Alto  risco  de    complicações graves.

 

Veia femoral

Local de muita mobilidade, dificultando curativo fixo e estéril;

Local altamente úmido e potencialmente contaminado (contato com secreções fisiológicas);

Maior risco de infecções e complicações trombóticas;

Necessidade de cateteres maiores para atingir a circulação central.

 

Material usado

 

Material:

  • Campos estéreis; Kit acesso venoso central
  • 01 Cateter para acesso venoso central,
  • 04 pacotes de gases;
  • 01 frasco de lidocaína sem vasoconstritor;
  • 01 seringa de20ml, 01 seringa de 10ml,
  • 01 agulha 40x12, 01 agulha 25x7, 01 agulha 13x 4,5
  • Fio de sutura mononylon 2.0 ou 3.0;
  • 01 par de luvas estéril, gorros, máscaras,capote e óculos de proteção ;
  • 01 Equipo;
  • 01 frasco de solução salina de 250ml;
  • 02 frascos de clorexidina-tintura;
  • Fita aderente;

 

Equipamento

  • 01 Suporte de soro;
  • Mesa de Mayo;
  • Kit acesso central
  • 01 porta agulha, 01 tesoura, 01 pinça dente de rato e 01 kelly reta;

 

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Tipos de kit de cateteres

Cateter Mono-lúmen

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Catéter Dupla via 

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Cateter três vias

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Dupla via para Hemodiálise