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Bloqueio atrioventricular -Tratamento

Introdução

Ao admitir um paciente com bloqueio atrioventricular na emergência, você primeiro deve confirmar qual o grau de bloqueio presente. Bloqueio atrioventricular ECG: um ECG de 12 derivações com um D2 longo a fim de melhor avaliar a relação atrioventricular é fundamental e possibilitará o início da abordagem terapêutica.

Outras formas de avaliação e de diagnóstico de bloqueio atrioventricular em pacientes ambulatoriais estão disponíveis, por meio de Holter prolongado, monitor de eventos, teste ergométrico ou até mesmo estudo eletrofisiológico.

Desenvolvidos a anamnese, o exame físico, o eletrocardiograma e então confirmado o grau de bloqueio atrioventricular, devemos partir para a avaliação hemodinâmica. Possíveis causas reversíveis podem estar relacionadas e a necessidade de suporte temporário para a frequência cardíaca pode ser imediata.

Bradicardias estáveis demandam mais observação do que ação, exceto se você estiver diante de um BAV avançado – de 2º grau Mobitz 2 ou BAV total/de 3º grau – com frequência cardíaca de escape abaixo de 30 bpm, em pacientes sintomáticos e com QRS largo (> 120 ms).

 

 

1. ATROPINA

A atropina, pode ser feita na tentativa de recuperar a frequência cardíaca do paciente e também como avaliação diagnóstica, em que alguns casos você observará melhora sustentada, ou, em outros, ausência de resposta sobre a frequência cardíaca!

A dose deve ser administrada em bólus de 1 mg e repetida a cada 3-5 minutos até dose máxima de 3 mg.

Bradicardias instáveis demandam ação! Todo o suporte para a via aérea, ventilação e oxigenação, estabilização, monitorização, além de garantir acesso venoso fazem parte do manejo inicial.

A instabilidade é definida por rebaixamento do nível de consciência e síncope, angina, hipotensão, dispnéia,  edema agudo de pulmão ou sinais de choque cardiogênico.

 

Observação importante

 A atropina! Vale lembrar que quadros de BAV avançados não costumam responder a esta medicação.

 

2. Drogas Aminoativas

 Além disso, no tratamento de segunda linha com as aminas vasoativas Epinefrina (2 a 10 mcg/min) e Dopamina houve mudança quanto à dose da Dopamina passando a ser 5 a 20 mcg/kg/min.

Embora não sejam consideradas como tratamento de primeira linha para o tratamento de bradicardia sintomática, devem ser consideradas quando a bradiarritmia não for responsiva à atropina ou se supor não respondedora à mesma (BAV de 2 grau Mobitz tipo II OU BAV de 3 grau) e/ou como medida temporizadora até chegada de marcapasso. Podem também ser utilizadas em intoxicações por beta-bloqueadores e bloqueadores de canal de cálcio. Sugere-se utilizar as doses descritas abaixo para as respectivas drogas:  

Infusão de Dopamina

2-10 µg/Kg/minuto = 0,12 - 0,6 ml/Kg/hora, se utilizada a diluição abaixo descrita

 

Ampola de 10ml (5mg/ml) com total de 50mg.

Diluição: diluir 5 ampolas (250 mg) em 200 ml de soro glicosado a 5% (SG5%)

Concentração: 1mg/ml (=16,6µg/µgt)

Exemplo de infusão inicial  de Dopamina, em paciente de 70 Kg, considerando a dose de 2 µg/Kg/min = 0,12/ml/Kg/hora = 0,12 x 70/hora = 8,4ml/hora

 

Infusão de Epinefrina

2-10 µg/minuto 

 

Ampola de 1 ml (1mg/ml)

Diluição: diluir duas ampolas (2 mg) em 248 ml de soro glicosado a 5% (SG5%)

Concentração: 8 µg/ml = 0,133 µg/µgt

Exemplo de infusão inicial de Epinefrina, considerando iniciar a 2 µg/minuto = 120 µg/hora = 15 ml/hora

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Após a resolução inicial na sala de emergência, deve-se chamar o especialista.  As terapias  iniciadas na sala de emergência, na maioria  servem como “ponte” para implante de marcapasso definitivo.

 

3. MARCAPASSO TRANSCUTANEO

Veja no link Marcapasso transcutâneo

 

FONTES 

https://www.medway.com.br/conteudos/o-diagnostico-e-bloqueio-atrioventricular-posso-ficar-tranquilo/

https://blog.jaleko.com.br/bloqueio-atrioventricular-reconhecendo-e-diferenciando-os-tipos-de-bavs/