ACESSO VENOSO EM HEMODIÁLISE
Visão geral
Trata-se de um dispositivo inserido dentro dos vasos que tem como função a coleta sanguínea, injeção de medicamentos ou de outros fluidos. Os cateteres venosos são produzidos com polímeros sintéticos (poliuretano e silicone) quimicamente inertes, biocompatíveis e resistentes à degradação química e térmica. Em geral, o tamanho do cateter vascular é determinado pelo seu diâmetro externo.
Os cateteres de curta permanência têm duração de poucos dias e, quando implantados perifericamente, estão associados a complicações como flebites e falência de acessos. Por este motivo, pacientes que necessitem de um acesso venoso prolongado se beneficiam dos cateteres de longa permanência.
Nas situações em que o paciente necessite de hemodiálise, quimioterapia, nutrição parenteral (alimentação realizada por uma via endovenosa), antibioticoterapia prolongada, transplante de medula óssea ou plasmaférese (método usado para retirar o plasma), os cateteres de longa permanência são os utilizados.
Classificação
Os Cateteres Vasculares podem ser classificados como:
De inserção periférica
De inserção central
De inserção periférica
De inserção central
Tipos de cateteres de longa permanência
Existem diversos tipos de cateteres de longa permanência, cada um indicado para uma finalidade específica. Conheça abaixo os principais deles:
É um cateter totalmente implantável, ou seja, nenhuma de suas partes fica exposta e sua duração é longa: aproximadamente cinco anos. A punção para a infusão de medicações é realizada no reservatório implantado embaixo da pele na região do tórax. É um cateter de baixo fluxo, indicado para administração de quimioterapia. Seu implante é realizado em Centro Cirúrgico pelo Cirurgião Vascular.
Este dispositivo é considerado semi-implantável e é utilizado em pacientes que necessitem de um acesso vascular de alto fluxo por um período prolongado. É o tipo de cateter de longa permanência usado em hemodiálise nos casos em que não há condições de confecção de fístulas arteriovenosas ou enquanto elas maturam. A inserção deste dispositivo geralmente é feita em uma das veias do pescoço (subclávia ou jugular) e se exterioriza na região anterior do tórax. Devido ao seu longo túnel subcutâneo, que tem saída em um local diferente de onde foi implantado, este cateter promove mais conforto e menores chances de infecções ao paciente. Seu implante é realizado em Centro Cirúrgico pelo Cirurgião Vascular.
Também caracterizado como semi-implantável, porém de baixo fluxo, ele é empregado em situações que necessitem de infusão de medicações por um longo período (como antibioticoterapia prolongada) ou para o transplante de medula óssea. A inserção, bem como sua exteriorização, é semelhante ao Cateter Permcath, diferenciando-se pelo seu calibre menor.
Cateter de PICC
Diferente dos anteriores nos quais as veias de escolha para inserção do cateter se localizam na região do pescoço, a PICC é inserida através de uma veia do braço, sendo sua extremidade posicionada na veia cava superior (posição central). Possui fino calibre e proporciona baixo fluxo. A PICC é empregada para situações de nutrição parenteral prolongada, antibioticoterapia, infusões hipertônicas, coleta de sangue durante uma internação, infusão de medicações e para soluções endovenosas, principalmente em pacientes internados por um longo período. Este cateter deve ser implantando preferencialmente no Centro Cirúrgico.
FONTES
https://dranayarabatagini.com.br/cateteres-venosos-de-longa-permanencia/