SÍNDROME DO PIRIFORME
Considerações iniciais
Uma condição dolorosa e pouco conhecida que atinge essa articulação é a Síndrome do Piriforme. O piriforme é um músculo da região do quadril, localizado numa área profunda da nádega. É responsável pela estabilização da pelve e por movimentos rotacionais da coxa. “Trata- se de uma condição neuromuscular que afeta o nervo ciático e causa dor intensa no quadril e na região das nádegas. Nas pessoas que apresentam a síndrome do piriforme, o nervo ciático encontra-se numa posição anatômica diferente da usual, passando por dentro das fibras do músculo piriforme ou quando o nervo é comprimido em demasia pela contratura do músculo. Como o nervo ciático está em constante pressão, ocorre a inflamação.
O músculo piriforme se estende da superfície pélvica do osso triangular grande na base da coluna (sacro ou cóccix) até a proeminência óssea (trocânter) na extremidade superior do osso da coxa (fêmur). Ao correr ou sentar, este músculo pode comprimir o nervo ciático no local em que ele surge debaixo do piriforme para passar sobre os músculos rotadores do quadril. A síndrome do piriforme é incomum.
Outras causas para a contratura do músculo piriforme e a consequente lesão no nervo, são o excesso de exercícios na região do glúteo ou carga também em excesso, como sobrepeso.
Esta inflamação é mais comum entre ciclistas, corredores e outros atletas que exercitam muito as pernas. Atinge três vezes mais as mulheres do que os homens e pode ser comum na terceira idade, em que as pessoas ficam sentadas por muito tempo e tem pouca flexibilidade.
Como são os sintomas ?
O principal sintoma, como na dor ciática, é um processo doloroso na região lombar, irradiando para nádegas e parte de trás da coxa, até o joelho, sendo uma característica a preponderância da dor em apenas um dos lados do corpo. Pode-se ainda notar sensação de formigamento e fraqueza, que piora ao ficar sentado ou quando é preciso fazer movimento de rotação, como cruzar as pernas, por exemplo.
Uma dor crônica persistente, formigamento ou dormência começa nas nádegas e pode descer pela parte posterior inteira da coxa e panturrilha e, às vezes, para os pés. A dor piora quando o piriforme é pressionado contra o nervo ciático (por exemplo, ao sentar em um vaso sanitário, assento de carro ou assento estreito de bicicleta ou ao correr).
O médico, portanto, vai realizar uma avaliação clínica para descartar outras causas mencionadas de dores articulares. Para auxiliar ainda no diagnóstico preciso, são indicados exame de imagem, como ressonância magnética, tomografia ou ultrassom.
Como é o tratamento ?
Um dos primeiros passos é proporcionar o alívio da dor, o que pode ser feito com medicação de analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares via oral, seguido da indicação de fisioterapia para reabilitação da área lesionada e fortalecimento do músculo.
Outro procedimento também pode ser utilizado é a infiltração. O tratamento consiste na aplicação de medicamentos diretamente no ponto da dor.
Da mesma forma, terapias alternativas, como a acupuntura e massoterapia são procedimentos aliados no combate a dor causada pela síndrome do piriforme, agindo principalmente na correção tanto da contratura do músculo piriforme como também de outras musculaturas da região lombar.
Alongamentos específicos, massagens e repouso também podem ajudar. Outro procedimento moderno é a utilização de toxina butolínica para a imobilização do músculo piriforme, que para de se contrair e diminui o atrito com o nervo ciático.
Equipamentos de Eletrotermofoterapia como ultrassom e terapia combinada podem também acelerar este processo de melhora. A indicação cirúrgica, por sua vez, será em casos bastante severos, quando o paciente não manifesta melhora no tratamento conservador.
Como evitar?
Os exercícios de fortalecimento da musculatura da região do glúteo são fundamentais, especialmente rotação e abdução do fêmur, sempre se preocupando com a carga excessiva, que pode causar a inflamação ao invés de preveni-la.
Exercícios de alongamento devem ser incluídos na rotina de treino, uma vez que a falta de flexibilidade na região glútea é um dos fatores que causam o desalinhamento postural, o que acaba gerando lesões.
Para quem trabalha muito tempo sentado, é fundamental fazer pausas e se levantar, caminhando com frequência para movimentar as estruturas.
Fontes
http://clinicaorthop.com.br/blog/?/post/21/O%20que%20%EF%BF%BD%20e%20como%20se%20trata%20a%20S%EF%BF%BDndrome%20do%20Piriforme/
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/les%C3%B5es-provocadas-por-esportes/s%C3%ADndrome-do-piriforme#Tratamento_v13976393_pt