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Tratamento da Neurossifilis

 

O tratamento medicamentoso a base de penicilina dependendo do estágio clínico da doença pode ocasionar a regressão da doença, desde que seja ministrada precocemente. Existe um consenso no tratamento específico da sífilis e NS, sendo a penicilina a droga de eleição :

 

Penicilina G Cristalina aquosa 18 a 24 milhões de UI por dia, por exemplo, 2 a 4 milhões de unidades a cada quatro horas, por 14 dias.

 

 

Em relação ao tratamento, a duração ideal do tratamento da NS com penicilina é incerta, embora vários autores refiram que o tempo mínimo deva ser de 10 dias, porém não superior a 14 dias, uma vez que não está claro que durações de tratamento mais prolongadas alterem o resultado clínico.

 

Embora vários estudos tenham sugerido que a azitromicina pode ter eficácia clínica, resistência aos macrolídeos tem sido amplamente documentada entre as cepas de treponema pallidum, e falhas no tratamento têm sido relatadas (seu uso não é recomendado porque a estirpe “Street 14” da sífilis é naturalmente resistente a este antibiótico).

 

A ceftriaxona é eficaz para o tratamento da sífilis quando utilizada em regimes de dose múltipla. Em geral, só é evitado o uso da penicilina em caso de alergias graves, caso contrário tenta-se inclusive a dessensibilização.

 

Ceftriaxona 2g, uma vez ao dia por 14 dias.

 

O controle das dores fulgurantes e as parestesias com analgésicos fortes (opiáceos e similares) em pessoas jovens podem ocasionar problemas de farmacodependência. A corticoterapia geralmente na Neurossífilis não tem um resultado satisfatório.

As lesões neurológicas e suas complicações e seqüelas dependem da fase da doença em que se encontra o paciente, estas lesões devem ser analisadas e tratadas pelo neurologista e dependendo do caso pelo psiquiatra. Na maioria dos casos as lesões neurológicas são irreversíveis. O paciente com diagnóstico de Neurossífilis dependendo da apresentação da doença deve ser tratado por uma equipe multidisciplinar composta de: neurologista, psiquiatra, oftalmologista, otologista e fisioterapeuta.

 

Acompanhamento

O seguimento destes pacientes deve ser realizado com exame neurológico e punção lombar a cada 6 meses, até normalização da celularidade e VDRL não reagente no líquor.

Após o tratamento para neurossífilis,  pode fazer exames de sangue ao 3º e 6º mês, assim como 1 vez por ano, durante 3 anos.

A normalização de testes não treponêmicos em amostras de sangue (queda da titulação em pelo menos duas diluições ou sororeversão para não reagente) pode ser um parâmetro a ser considerado como resposta ao tratamento da neurossífilis, principalmente em um cenário de indisponibilidade de realização da punção lombar.

 

Fontes 

https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/telecondutas/tc_sifilis.pdf

https://saude.rs.gov.br/upload/arquivos/201703/16152016-4-5-7-esquema-tto-sifilis.pdf