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LARINGITE AGUDA- TRATAMENTO

 

ADRENALINA

A adrenalina (epinefrina) é um estimulante potente de receptores a- e b-adrenérgicos, tem sido aplicada, através da via inalatória, em crianças com obstrução aguda das vias aéreas, causada por processos inflamatórios, tais como laringotraqueobronquite (crupe) e bronquiolite. Acredita-se que os benefícios clínicos da adrenalina no tratamento da obstrução aguda das vias aéreas resultem dos seguintes efeitos farmacológicos: redução das secreções respiratórias e do edema da mucosa respiratória (efeitos a-adrenérgicos), relaxamento do músculo liso das vias aéreas e inibição do processo inflamatório (efeitos b-adrenérgicos).

Os benefícios da adrenalina por via inalatória foram bem confirmados em crianças com laringotraqueobronquite. 

 

Nebulização com

-Adrenalina racêmica 2,25%, 0,5 ml diluída em 2-3 ml de soro fisiológico, OU

-Adrenalina comum (1:1000), 3 a 5 m.

 

No Brasil, está disponível somente a adrenalina comum.

 

 Na maioria das vezes, as menores doses são recomendadas, variando de 0,5 a 3 ml de adrenalina, diluída em 2 ml de soro fisiológico.

Porém, a eficácia da nebulização com adrenalina em menores doses ainda não foi avaliada adequadamente em crianças com laringotraqueobronquite.

 

 

EFEITOS COLATERAIS

Os potenciais efeitos colaterais da adrenalina, tais como taquicardia, hipertensão, arritmia e palidez, são as principais preocupações do uso da adrenalina. 

 

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Corticosteroides

Atua diminuindo significativamente a taxa e o tempo de internação, o retorno ao DE, a necessidade de intubação endotraqueal e a internação em Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP).

 

Dexametasona versus prednisolona
Dexametasona IM na dose de 0,6 mg/kg

Dexametasona VO, 0,15 e 0,3 mg/kg VO são igualmente eficazes e, inclusive, a dose mais baixa de 0,15 mg/kg tem sido aceita e implementada em alguns centros.

 

Prednisolona - dose de 1,0 mg/kg VO 

 

Existe estudo como de  Parker e Cooper (2019)  que mostra a não inferioridade demonstrada para doses baixas de dexametasona e de prednisolona. Os autores destacam que crianças tratadas com prednisolona têm, inicialmente, maior probabilidade de exigir doses adicionais para cobrir a duração da doença.

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda o uso de dexametasona por ser um potente glicocorticoide e ter longo período de ação (superior a 48 horas). A SBP ressalta que a dexametasona pode ser administrada tanto por VO quanto parenteral em dose única, variando de 0,15 mg/kg (no caso de laringite leve) até 0,6 mg/kg (laringite grave).

 

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FONTES

https://www.scielo.br/j/jped/a/ZBk7X9JSXVF76fxP8v65cyK/?lang=pt#:~:text=Acredita%2Dse%20que%20os%20benef%C3%ADcios,a%C3%A9reas%20e%20inibi%C3%A7%C3%A3o%20do%20processo

PARKER, C. M.; COOPER, M. N. Prednisolone Versus Dexamethasone for Croup: a Randomized Controlled Trial. Pediatrics, v.144, n.3, p.e20183772, 2019;...
https://pebmed.com.br/laringite-qual-corticoide-e-mais-eficaz-no-tratamento/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copytext