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HIPOFOSFATEMIA - TRATAMENTO

Introdução

A hipofosfatemia caracteriza-se por concentração plasmática de fosfato < 2,5 mg/dL (0,81 mmol/L). As causas principais são alcoolismo, queimaduras, inanição e uso de diuréticos. As características clínicas incluem fraqueza muscular, insuficiência respiratória e insuficiência cardíaca; convulsões e coma podem ocorrer. O diagnóstico se faz por meio das concentrações séricas de fosfato. Por fim, o tratamento consiste em suplementação de fosfato.

  • Tratar a doença subjacente
  • Reposição oral de fosfato
  • Fosfato IV quando o fosfato sérico é < 1 mg/dL (< 0,32 mmol/L) ou os sintomas são graves

 

Quando o fósforo plasmático encontra-se entre 1 e 2,5 mg/dL, a condição é denominada hipofosfatemia moderada.

Abaixo de 1 mg/dL, é considerada hipofosfatemia grave.

Em geral, a hipofosfatemia não é uma emergência, devendo-se definir os mecanismos causadores para uma melhor abordagem. A cetoacidose diabética e a alcalose respiratória aguda são exemplos típicos. Quando diagnosticada, a hipofosfatemia deve ser tratada, sempre que possível, por meio da reposição oral de sais de fósforo.

Tratamento oral

O tratamento da doença subjacente e a reposição de fosfato oral costumam ser adequados para pacientes assintomáticos, mesmo quando a concentração plasmática for muito baixa. O fosfato pode ser administrado em doses em torno de 1 g por via oral 3 vezes ao dia, em comprimidos contendo fosfato de sódio ou fosfato de potássio. No entanto, o Fosfato de sódio ou fosfato de potássio oral não costuma ser bem tolerado por causa de diarreia. A ingestão de 1 L de leite desnatado ou pobre em gorduras fornece 1 g de fosfato e parece ser mais aceitável em algumas situações. A remoção da causa da hipofosfatemia pode incluir a suspensão de diuréticos ou antiácidos ligadores de fosfato e a correção da hipomagnesemia.

 

Tratamento parenteral

Indicações :

Fosfato parentérico é geralmente dado IV. Ele deve ser administrado em qualquer uma das seguintes circunstâncias:

  • Quando o cálcio sérico é < 1 mg/dL (< 0.32 mmol/L)
  • Quando houver rabdomiólise, hemólise e sintomas do sistema nervoso central justivicáveis pela hipofosfatemia;
  • Quando não for possível a reposição oral em razão de doença subjacente

 

A administração IV de fosfato de potássio (na forma de mistura tamponada de K2HPO4 e KH2PO4) é relativamente segura se a função renal estiver bem preservada.

Fosfato de potássio parentérico contém 93 mg (3 mmol) de fósforo e 170 mg (4,4 mEq ou 4,4 mmol) de potássio por mL. A dose habitual é 0,5 mmol de fósforo/kg (0,17 mL/kg) IV durante 6 h.

Pessoas com alcoolismo podem necessitar de ≥ 1 g/dia durante nutrição parenteral total; suspende-se a suplementação de fosfato quando a ingestão oral for retomada.


 

• Cuidados com o uso !!! _

É importante monitorizar os efeitos colaterais - associados a hipercalemia são: alterações circulatórias como hipotensão, sintomas neuromusculares (fadiga, estados de confusão, ansiedade inexplicada, fraqueza ou sensação de peso nos membros, espasmos musculares, parestesia, problemas respiratórios e paralisia ascendente). Devido a hipercalemia ou perfusão muito rápida pode ocorrer arritmia cardíaca. Sintomas associados a hiperfosfatemia: danos renais como resultado da precipitação de fosfato de cálcio (nefrocalcinose), a precipitação de fosfato de cálcio noutros tecidos (por exemplo pele, córnea, pulmão) e a hipocalcemia (sintomas: convulsões, espasmos musculares, tremores, parestesias, dor ou fraqueza nas mãos e nos pés, dispneia), até hipocalcemia tetânica e calcificações metastáticas.

 

• Os níveis séricos devem ser monitorizados à cada 6 hs, e a reposição passada para oral quando possível. A dose ajustada de acordo com o estado clínico e o novo valor do fosfato sérico. Na insuficiência renal crônica , o fósforo deve ser administrado com cuidado pelo fato de a hiperfosfatemia acelerar a deterioração da função renal. Os efeitos colaterais são maiores quando se administra dose superior a 1,5g em tempo inferior a 3 h . Não podemos nos esquecer também de tratar a hipopotassemia e a hipomagnesemia freqüentemente coexistentes com a hipofosfatemia .

 

Se os pacientes têm insuficiência renal ou potássio sérico > 4 mEq/L (> 4 mmol/L), preparações de fosfato de sódio geralmente devem ser usadas; essas preparações também contêm 3 mmol/mL de fósforo e são, portanto, administradas na mesma dose.

As concentrações plasmáticas de cálcio e fosfato devem ser monitoradas durante o tratamento, em particular quando o fosfato for administrado IV ou para pacientes com alteração da função renal. Na maioria dos casos, não mais de 7 mg/kg (cerca de 500 mg para um adulto de 70 kg) de fosfato devem ser administrados durante 6 h. Fazer um controle rigoroso e evitar a administração rápida de fosfato para evitar hipocalcemia, hiperfosfatemia e calcificações metastáticas por excesso de produção de fosfato de cálcio.

Reposição venosa :

 

• Ampola de fosfato ácido de K+ = 0,16 g/ml = 5,1 mMol/ml. 1 ampola tem 10ml

• Dose _ 0,08 a 0,16 mMol/Kg/6 hs

• Diluir em SG 5% ou SF0,45%, no maior volume possível. Com o intuito de selecionar uma dose inicial que produza o mínimo de efeitos colaterais,

inicia-se o tratamento usando 0,08 mEq/Kg (2,5 mg/kg) na hipofosfatemia recente e não complicada e 0,16 mEq/kg (5mg/kg) se for prolongada ou de múltiplas causas.

As doses iniciais devem ser 25 a 50% superiores, se o paciente for sintomático e inferiores, se houver hipocalcêmia.

 

FONTES

https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-eletrol%C3%ADticos/hipofosfatemia