DISSECÇÃO AÓRTICA - CLASSFICAÇÃO
Em relação ao tempo, a dissecção pode ser dividida em aguda, quando presente há menos de 2 semanas, e crônica, quando o tempo excede 2 semanas.
As demais classificações existentes baseiam-se no fato de que, na maioria das vezes, as dissecções ocorrem em duas localizações principais: aorta ascendente, próximo a valva aórtica, e aorta descendente, logo após a origem da artéria subclávia esquerda no local do ligamentum arteriosum. Dessa forma, são utilizados 3 sistemas de classificação principais para definir a localização e a extensão do envolvimento aórtico: classificação de DeBakey, Stanford e classificação anatômica.
Estudos de imagem recentes de alta resolução têm demonstrado alterações patológicas intimais e intramurais na aorta, como as úlceras ateroscleróticas e os hematomas intramurais, relacionando-os ao desenvolvimento das dissecções aórticas. Nesse sentido, foi criada mais recentemente uma classificação fisiopatológica envolvendo tais entidades (classificação de Svensson).
Tabela Classificações das dissecções aórticas
De Bakey descreveu sua classificação, conforme o local envolvido pela dissecção, identificando três tipos: Tipo I - quando a dissecção origina-se na aorta ascendente e se estende por toda a aorta. Tipo II - quando a dissecção fica limitada à aorta ascendente. Tipo III - quando a dissecção origina-se distal à artéria subclávia esquerda envolvendo a aorta descendente.
O grupo de Stanford classificou a dissecção aórtica em Tipo A - quando a aorta ascendente estava envolvida e Tipo B - sem envolvimento da aorta ascendente. .
Referências bibliográficas
ALBUQUERQUE, Luciano Cabral et al. Diretrizes para o tratamento cirúrgico das doenças da aorta da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular. Rev Bras Cir Cardiovasc [online]. 2006, vol.21, n.1, pp. 1-23. ISSN 0102-7638.
http://sociedades.cardiol.br/sc/profissional/acervo/palestras/21-09-2006/01-DrJauro_doencasaorta.pdf